por Daniella Chionga, em 2021-06-22

Outro Lado Da Face, Entregue À Maldade. (Parte 01)

Duas irmãs, uma nobre e outra rude de alma, filhas de um casal residentes no bairro da Cuca e que batalhara para o crescimento da familia e educação das filhas, porém onde para o pai existia uma filha favorita deixando a outra desprovida de sua aprovação e presença conquanto na  mesma casa, ao passo que a outra, conforto dava em todos em todos sentidos .  



_ Kamuliva, vamos já acordar para arrumar . Ehioze acordou sua irma mais velha . 



_ Ahm ? Contínuo com as dores de ontem, o pai me disse para não fazer nada , falou se agasalhando até a cabeca .


Todos os dias quando o sol nascia , o pai saía para dirigir as reuniões de negócio e a mãe com suas trouxas de fardo e panos no corpo amarrados, saía para vender no mercado. Ehioze levantava, deixava as cobertas e principiava com os trabalhos domésticos da casa cheia de regras impostas pelo pai que permitia rompê-las sempre que o caso fosse a sua filha estimada. A doentinha que nunca estava capacitada para participar das actividades de casa. Ehioze pouco levava em consideração e fazia tudo, inclusive o jantar, que nele tinha de fazer a parte o tipo de comida que sua irma mais velha gostasse e comer quisesse, antes que do contrário o pai a ralhasse, então saía já do “ Tio Chico Kalandula “ , aonde estudava, direitinho para a praça . Sua irmã estudava no colégio “ Árvore Da Felicidade “ que conquanto fosse próximo de casa, de lá não saía se não fossem a sua busca. 


Quando os pais regressavam o mãe levava sempre para elas imparcialmente algum doce, como pé de moleque por exemplo, isso nunca faltava, ja o pai levava prendas exclusivamente para a filha favorita, a quem tinha mais estima, e os apresentava bem na beira da outra, nem sequer de fazer aquilo receava . Não parecia, porém descretamete Ehioze apreciava aqueles procederes do pai, e sua mãe, não tinha voz, conquanto sentisse e quisesse, não se atrevia a repreender o marido exigente e machista que à filha dava muito audácia .


Quando chegou a altura delas frequentarem o ensino medio, Kamuliva foi enviada para fora do país para estudar, fina por pouquinho achou que com ela ocorreia igualmente, mas a cada comportamento, ela percebia que tinha de deixar de contar com o pai, então com o auxilio da mae ela optou se instalar num internato. Os anos passaram enquanto Ehioze se formava, sua irmã já havia voltado antes da formação findar e a cada escola de angola andou a passar, pelo seu comportamento que ninguém jamais pude atura-lá. Não conseguia e achava que não precisava fazer nada para mudar alguma coisa em sua vida, pois para tudo, com o pai que estava ali como escravo para comprir a cada pedido, ela contava, tornando a plenamente dependente dele, o pai esqueceu-se que ela estava a crescer, deixando de ser uma criança e que ele não viveria eternamente, um dia havia de morrer e desse modo, deixaria ela incapaz de se desdobrar sozinha. E foi isso o que ocorreu, aquela bebezinha do papai, dona de todas as razões e aprovações do papai se tornou numa adulta incompleta, a espera e esperita de quem estivesse perto dela, para se aproveitar e tentar ganhar a vida, e o seu rei nem precisou morrer. E ainda com todo o apoio dele, ela sentia-se insatisfeita com a vida, desejando tudo o quanto é sucesso de outrem, achando que deveria ela ser merecedora, e dentre todos, sua irmã era o seu maior foco .

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